As ocorrências foram denunciadas em coletiva de imprensa
A procuradora geral de Crateús, Dra. Aline Ignácio, denunciou nesta terça-feira (5), durante coletiva de imprensa, casos corrupção supostamente cometidos pela ex-gestão do município. As ocorrências foram encaminhadas e estão sendo investigadas pela Polícia Federal (PF).
Desvio de dinheiro da merenda escolar
O primeiro caso denunciado é relativo a um suposto esquema de desvio de recursos destinados à merenda escolar. A procuradora revelou que investigações conduzidas pela Polícia Federal apontam indícios de que fornecedores contratados para fornecer gêneros alimentícios de qualidade estariam entregando produtos de baixa qualidade, apesar dos altos valores pagos.
“Os cardápios oferecidos diferiam totalmente do que era orientado pelos nutricionistas, que incluíam itens como carne, mas que na prática eram substituídos por linguiça”, informou. Segundo a procuradora, seis empresas foram contratadas para o abastecimento, mas apenas uma realmente realizava as entregas.
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Movimentações suspeitas e pagamentos milionários
Além das irregularidades com a merenda escolar, Dra. Aline destacou movimentações financeiras suspeitas nos últimos dias da gestão do ex-prefeito Marcelo Machado. Segundo a procuradora, nas 48 horas que antecederam o afastamento do ex-chefe do Executivo municipal, determinado por decisão da Justiça, foram emitidas notas fiscais e realizados pagamentos que totalizam quase R$ 10 milhões, registrados sob a rubrica de “despesas diversas”.
Dentre esses pagamentos, ela destacou uma transação de mais de R$ 6 milhões no dia 14 de abril, apenas dois dias antes do afastamento do ex-gestor. “Essas auditorias estão sendo encaminhadas para investigação e detalhamento das circunstâncias e da legalidade desses gastos”, declarou.
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Contratação de “servidores fantasmas”
Outro ponto destacado pela procuradora, durante a coletiva, foi a contratação de uma cooperativa para o fornecimento de mão de obra nas secretarias de Infraestrutura e de Gestão de Finanças. Segundo Dra. Aline, a cooperativa teria alocado quase 400 servidores, incluindo 119 para a Secretaria de Gestão de Finanças, o que chamou atenção pelo espaço limitado das instalações.
A procuradora afirmou que não foram encontrados documentos que comprovassem a prestação dos serviços por esses funcionários, levando a suspeitas de que se tratavam de “servidores fantasmas”. O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) e tramita na Justiça para esclarecimento.
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POR CN7;