O acesso nunca esteve tão perto do Alvinegro nas últimas duas temporadas
Os alvinegros fizeram questão de testemunhar o último jogo do Ceará em casa. Mais do que isso, foram voz, coração e força na Arena Castelão. Não sobrou um espaço vazio nas arquibancadas, a marca de 63.908 torcedores foi alcançada no estádio e do lado de fora outros tantos corações alvinegros estiveram presentes. Se houvesse 80 mil lugares, estes estariam lotados.
O pacto feito entre a torcida alvinegra e o Ceará foi combustível dessa história até esse capítulo. Mais do que ocupar o espaço, os torcedores foram um fôlego e energia infinita para o time. A potência da torcida se materializou como um 12º jogador em campo e carregou a equipe em mais uma noite iluminada. Um time que até a reta final da Série B tinha sequer somado três vitórias seguidas, conquistou a quarta em cima do América-MG por 1 a 0 e está a um jogo do retorno para a Série A.
Após mosaico contra o racismo apresentado e bandeirões estendidos, o apito inicial soou. Logo nos primeiros lances, Saulo teve chance, mas não acertou a meta. Aylon também teve chance e não marcou. Ainda na primeira etapa, o ataque alvinegro se destacou com uma jogada de Erick Pulga, onde Aylon recebeu e foi derrubado na área.
O pênalti foi assinalado sem muita discussão e Saulo Mineiro chamou a responsabilidade mais uma vez. Balançou as redes com uma tranquilidade que fazia parecer que o feito era fácil. Goleiro para um lado e bola para o outro. O Castelão explodiu em comemoração e o jogador celebrou junto com a torcida. Saulo vem de hat-trick no jogo contra o Botafogo-SP e segue em alta, recuperou a confiança e tem sido forte.
Pulga distribuiu dribles e arrancadas, Mugni deu ritmo no meio-campo, o Ceará ainda chegou outras duas vezes na primeira etapa, mas ficou no 1 a 0. Voltou para o segundo tempo e teve poucas jogadas de perigo e muito estudo no meio-campo.
Os minutos finais pareciam infinitos. Saulo já estava no banco de reservas e assistia como um torcedor alvinegro. Gritava, pulava, jogava água nos companheiros e esperava o apito. Os jogadores fora de campo levantaram, prontos para correr a qualquer minuto para a torcida. Léo Condé era firmeza e pés no chão.
O apito final veio com som de alívio, se perdeu no meio das músicas entoadas pelos torcedores e correria para comemorar com estes. Os jogadores mais uma vez cumprimentaram a torcida após mais uma vitória, renovaram as energias para a batalha final e ensaiaram a comemoração que pode ser feita após fim do próximo jogo, quando a meta for atingida.
O Ceará vai jogar contra o Guarani fora de casa, no domingo (24), às 18h30, pela última rodada da Série B. Uma vitória garante o time novamente na Série A. O torcedor do Ceará tem dado tudo que tem para alcançar o objetivo e merece repetir as grandes festas na elite.
POR G1-CE;